A TV está em Pânico...
... e o Pânico, na TV!
Deixando o domingo mais palatável, o programa está no ar há 6 anos.
Como fazer (bom) humor é uma das tarefas mais difíceis da humanidade, poucos são os que conseguem fazê-lo sem "perder a mão" e/ou cair na mesmice...
Em termos de Brasil, a mesmice era a lei!
Afinal, o pseudo-humor tupiniquim resumia-se a vestir-se de mulher, jogar-se no chão e sair "na boa" (leia-se ileso) de algumas confusões (como o balde d'água na cabeça - um clássico).
E o Pânico conseguiu! Com equipe - e orçamento - reduzidos, em uma rede de TV até então pequena e desconhecida, alavancou audiência até passar da "Glóbulo" (de acordo com o Emílio - que é o nome mais pronunciado, graças a uma 'piada interna' sobre uma apresentadora da casa).
Com um timing no tempo correto (desculpe-me pelo trocadilho infame), a edição (que, às vezes, é cansativa quando insiste nos 'efeitos' de áudio, mas que tem uma marca registrada - e absurdamente engraçada - que é a repetição de algum 'bordão' - tanto visual quanto auditivo. Caso típico: Zina e seu 'Ronaldo', que até virou membro da troupe. Sem falar no famigerado 'Rute' do último domingo, que não me deixou dar aula direito, fazendo com que eu risse em momentos impróprios...)
Mas são justamente esses momentos que passam desapercebidos pelo incauto "telespec"...
O 'esmero' (e tem algum? Ou é TUDO um grande circo, improvisado?) na criação das personagens (Gabi Herpes é uma obra prima. Parabéns, Ceará).
O que dizer, então, do Michael Jackson (cujo sobrenome foi repetido à exaustão pelo Eduardo)?
E o impagável Amaury Dumbo, do Carioca, e seu inseparável Freddie Mercury prateado?
Isso sem falar das obviedades: Vesgo, Bola, Sabrina e panicats (ou paniquetes, já que estamos no Brasil).
Alguns outros, no entanto, fazem falta...
Mendigo, Alexandre Broca, Mano Quietinho, Glu-glu, Carlos Caramujo...
E não podia faltar uma menção à Marlene Mattos. Com (muito) sangue e tudo o mais.
As cenas da "Lingerie em Perigo" não podiam ser exibidas pelo fato de incitarem o público à violência?
A todos, um sonoro AHahahahaAHaH.
Em um pais desses, com escândalos, corrupções e extremo mau humor, um programa tenta ser diferente e é BARRADO em seu direito?
Cadê a liberdade de expressão, Brasil?
Até a "bibinha", agora, tem vez...
Evandro Santo, a.k.a. Christian Pior, é a revelação do século!
Culto, bem resolvido e, mais importante que tudo, ENGRAÇADO!
Por isso, nada mais justo que (mais) uma simples homenagem àqueles que fazem, dos domingos brasileiros, uma razão para esperar pelo próximo programa.
Obrigado, Pânico, por deixar nos deixar mais animados.
(Mas ainda sinto falta do Elvis, o cachorro que trazia as atrações para o programa... Alguém mais lembra dele?)
O programa todo é um festival de fakes, mas ninguém se importa!
Au contrarie.
Fazer rir é uma arte. E nisso eles são bons!
Enquanto isso, nas outras emissoras...
Comments
Bjss!
Marianinha*