A Internet é o meio e não a causa
Quando as pessoas irão acordar para o fato de que a informação está ao alcance dos dedos e de um mouse?
O embrião da Internet - concebido nos anos '60 (com a ARPANET, em 1969, sendo a gênese mais aceita), criado por - e para - Universidades, deveria ter sido abortado ali mesmo...
Enquanto apenas governo, centros de pesquisa e universidades tinham acesso, apesar de pouca informação, sequer se pensava no futuro "negro" daquela boa ideia.
As redes sociais têm sua função. Os microblogs (leia-se Twitter), também. As videoconferências, quando BEM utilizadas, idem.
Então, veio o povo...
E, com ele, muita coisa ruim. 'Muita', aqui, representa muita MESMO!
Lamentavelmente, boa - senão a maior - parte do "lixo" gerado na grande rede é produzido por BRASILEIROS.
De crimes marcados via scraps ao compartilhamento de fotos eróticas envolvendo crianças e adolescentes, o grande sonho de interligar TODOS os computadores do planeta transformou o simples ato de clicar em um link em uma verdadeira roleta russa.
Por ser professor e consultor da área de TI, tenho a OBRIGAÇÃO de conhecer as ferramentas (seja para recomendá-las ou para desenvolver aplicações semelhantes), mas confesso estar BEM preocupado com o conteúdo, pois a forma eu já conhecia.
De piadas ingênuas e slides contendo belas imagens e pensamentos a vídeos "para maiores" e tentativas de pescar o usuário incauto, nossas contas de e-mail estão sendo, diariamente, bombardeadas com "um pouco de cada coisa". Algumas vezes, que nos dão alento nas horas tristes...
Mas, invariavelmente, são correntes, trojans, piadas antigas, notícias falsas...
Então, como filtrar a BOA informação?
Bom senso, antes de tudo.
Não se pode acreditar piamente em tudo o que se lê - e vê/ouve - na Internet.
Qualquer um faz uma página e a hospeda em qualquer lugar. Até com nomes semelhantes aos "originais", com a intenção de parecerem críveis.
Nesta caso, basta uma consulta às fontes fidedignas: outros usuários.
Mesmo assim, com o devido cuidado, pois eles também podem ter sido abduzidos pelo lado negro da pseudo-informação.
Com se não bastasse, de TODOS os problemas decorrentes do uso maciço dos recursos de rede, o PIOR é o que diz respeito à moral de menores.
Caso típico é a publicação de fotos/vídeos com pouca - ou nenhuma - roupa nas redes sociais/videochats, sem a devida supervisão de adultos.
Já tive a infelicidade de, ao clicar randômicamente na lista de salas disponíveis em um site que oferece recursos de videoconferência, ver uma menina "oferecendo-se" (literalmente), disputando audiência.
Lamentável!
Daí vem o OUTRO lado.
Onde estão os pais daquela criatura? Será que ao menos sabem o que ela anda fazendo à frente de uma webcam?
É um incentivo à pedofilia?
Desde quando isso precisa de incentivo?
Há a necessidade URGENTE de se reportar a câmera (ou a sala, mas não o serviço em si, pois o propósito NÃO É AQUELE. Basta ler os ToS - Terms of Service - disponível na página de entrada dos sites que o oferecem).
E por falar nessa nojeira que é essa predileção sexual por crianças, eis um outro assunto: a má utilização do vernáculo.
Pedos refere-se a crianças (pedagogo, pediatra...).
No caso de atração por jovens pré-púberes, o termo correto é hebefilia (hebe = jovem).
Os DOIS são nojentos!
Mas isso é caso para outro post.
Assim, fica a minha indignação quanto ao mau uso da Internet.
Certos estão os habitantes dos outros países, que passam LONGE de certas redes sociais.
Sim, eles usam outras.
Mas que serão, em breve, destruídas pelo péssimo uso de certos brasileiros.
Como brasileiro, NÃO estou orgulhoso desse modo de agir.
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